Tirania e resistência: literatura da ditadura na América Latina (1954-1990)
Palavras-chave:
Literatura contemporânea, ditadura, América LatinaSinopse
O livro Tirania e resistência: literatura da ditadura na América Latina (1954-1990) pretende ser uma contribuição para se pensar o alcance do fato histórico da ditadura no continente latino-americano, por meio de sua representação literária, na medida em que busca compilar estudos que tenham a "literatura da ditadura" como centro de suas abordagens, abarcando os variados gêneros literários, num diálogo intenso e profícuo entre ficção e história.Processo ao mesmo tempo complexo e traumático, a ditadura no continente latino-americano teve longa duração, iniciando-se em 1954, com a derrubada dos presidentes Jacobo Arbenz, na Guatemala, e Frederico Chávez, no Paraguai, e permanecendo até 1990, quando se encerra a última ditadura do continente, com a eleição de Patricio Aylwin no Chile. Tanto os movimentos de tomada do poder por meio de golpes militares quanto seus inumeráveis desdobramentos foram abordados por uma quantidade infindável de obras literárias, que se espalharam por todo o continente e resultaram num conjunto ficcional (entre contos, romances, novelas, poemas e teatro), a que se pode chamar de "literatura da ditadura", uma vez que essas obras tinham como tema central a ditadura e todas as suas repercussões sociais e individuais.
Capítulos
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Apresentação
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Denúncia social e resistência na produção literária juvenil: análise da obra A casa da madrinha, de Lygia Bojunga Nunes
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Uma escrita e uma história em processo: a metaficção em A resistência, de Julián Fuks
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Confrontando o cânone literário: as personagens femininas e ditadura em K – Relato de uma busca, de Bernardo Kucinski
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Transbordamentos da opressão: uma leitura de A hora dos ruminantes
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Desdobramentos do silêncio no romance Em câmara lenta
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Escrita, anarquivamento e resistência em O espírito dos meus pais continua a subir na chuva, de Patricio Pron
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Polifonia e resistência na obra Primavera num espelho partido, de Mario Benedetti
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História, memória e sujeito na escritura de Nona Fernández sobre a ditadura chilena
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